Um livro interessante que andei lendo, “Mentes Inquietas”, da autora Ana Beatriz Barbosa Silva, trata-se do detalhamento do que pode acontecer na vida de quem tem DDA, e como lidar com isso de uma forma legal. Pesquisando sobre o assunto, DDA(Distúrbio de Déficit de Atenção) ou, também chamado, transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno que ainda não se sabe ao certo o que o causa, podendo ter origem genética ou ambiental. Aparece no período da infância e frequentemente acompanha o sujeito durante toda sua vida. É caracterizado por sintomas de impulsividade, desatenção e inquietude.
5% da população mundial sofre com a dificuldade de se concentrar, incluindo adultos, portanto não vale apenas para crianças. Um dia esses adultos foram as crianças chamadas de “pestinhas” e quando adultos são chamados de "preguiçosos", "irrespossáveis" etc.
Este diagnóstico pode ser feito a partir dos 7 anos de idade e isso também vale para meninas sendo que meninas sempre apresentam melhores comportamentos na escola, mas sofrem com a dificuldade de se concentrar, sendo mais sonhadoras e distraídas.
Crianças podem apresentar mais problemas de comportamento, dificuldades com regras e limites. São aquelas que não param quietas, não conseguem iniciar e terminar uma atividade, mas conseguem jogar vídeo game.
Por que isso? Porque é altamente estimulante.
Adultos que cresceram com este problema e nunca buscaram ajuda continuam sofrendo de desatenção para as coisas do cotidiano e do trabalho, são muito esquecidos. Esta dificuldade de concentração pode trazer maiores riscos de acidentes e até levar a pessoa a se envolver com drogas, são os que mais se divorciam.
Geralmente são os adultos que mudam de emprego com freqüência, não são mais hiperativos, mas são inquietos. Aqueles adultos que não param, mudam de canal toda hora, balançam muito as pernas, não relaxam, não conseguem se estruturar. Os sintomas de inquietação permanecem e podem piorar porque quando se cresce cada vez mais a atenção será exigida.
Infelizmente ainda não há cura, mas tem remédio, chamado psicoestimulante.
A Terapia ajuda? Sim ajuda. A terapia vai ajudar a pessoa a tratar suas dificuldades de relacionamento. Diga-se de passagem, eles sofrem muito por ter dificuldades de estrutura em um relacionamento, seja ele de qualquer natureza.
Mas, que transtorno é esse? De onde vem?
É uma alteração no cérebro na parte frontal e é genético.
A região frontal do cérebro é responsável pela atenção, pela vigilância, a área onde se planificam as coisas.
O portador deste transtorno não consegue ter esta área do cérebro ativada. Para conseguir produzir uma tarefa acabam estimulando outras áreas do cérebro e por isso a falta de atenção concentrada para atividades que são realizadas no momento, isto é, não terminam uma atividade e iniciam outra.
Isso causa frustração podendo até levar a uma depressão, por causa do cansaço.
De costume, o que pode acontecer fisicamente ou mentalmente com o portador é:
•Instabilidade de atenção; “Quando não é 8 é 80”.
•Pensamento a mil por hora, achando todo mundo lento;
•Não terminar o que começa; Quando quer fazer várias coisas ao mesmo tempo.
•Ser desorganizado.
•Perder coisas importantes.
•Costuma atrasar-se; Por sempre querer fazer mais alguma coisa a parte, achando que vai dar tempo de chegar no horário.
•Ficar remexendo as mãos e/ou os pés quando sentado.
•Não permanecer sentado por muito tempo.
•Sensação de inquietude mental constante; Super impaciente.
•Responder às perguntas antes de concluídas;
•Intrometer-se em conversas ou jogos dos outros./Ser barulhento em atividades lúdicas./Falar em demasia e sem pensar no que vai dizer./ Pular, correr excessivamente em situações inadequadas./ Ter dificuldade em seguir regras e instruções; Esses são sintomas mais comuns durante a infância, mas que podem ser levados a fase adulta.
Na verdade, isso não deve ser visto como uma doença e sim como algo especial que poderá ser usado a favor das pessoas que tem uma mente que não "para nunca" e grande foco nas coisas que realmente à interessa. Por isso, é importante incentivar o DDA e não tentar fazer com que ele seja uma "pessoa normal", aliás, o que é realmente normal nessa vida?...rss
Caso queria saber mais sobre este transtorno pode visitar o website:
http://www.dda-deficitdeatencao.com.br/
Também podem pesquisar os doutores: Dr. Paulo Matos e a Dra. Ana Beatriz Silva